terça-feira, 31 de agosto de 2010


Fomos felizes envoltos na utopia,
Nos sonhos que na luz da lareira dançavam, movidos entre as chamas da paixão,
Aquecendo cada canto do que chamávamos amor.
O relógio marcava as horas, os ponteiros compassados apressavam as horas que não passavam.
As horas que não eram mais do que partículas dispersas no tempo, sem poder sobre o que éramos nós.
Apenas restam pequenos fragmentos da ilusão que outrora enchera a nossa casa, o nosso amor.
Fomos felizes. Somos ruínas.