quinta-feira, 8 de outubro de 2009

[PAUSA]

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

E se o teu amor for como grãos de areia, dissolvendo-se por entre a espuma das ondas?
Com que ficarei?
Photo by: a.m

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Estas linhas que te escrevo

Estas linhas que te escrevo
................................................................. [Com sabor a sal]
São linhas e entrelinhas de pensamentos bruscos e sem sentido,
Que se perdem no sentido que dei ao que chamo de vida.
Não são mais,
Que sufocos adormecidos pelo tempo,
Por poeiras de optimismo transformadas em ilusões incandescentes,
Entre os olhos de quem me olha, com paixão mas sem razão…
São desejos e sonhos envoltos em medos,
Da rejeição de quem em mim colocou utopias elevadas em pedestais,
Alimentando esperanças num leito infértil.
E assim perdi,
A noção da essência do meu ser, e não me encontro, nem me reconheço,
Por entre os fragmentos das minhas entranhas e a superfície polida que todos olham e vêm.

Se eu não me vejo, como consegue alguém me ver ?

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Hoje apeteceu-me...

Hoje apeteceu-me construir algo novo,
Diferente de tudo o que construi até agora.
Hoje apeteceu-me deitar por terra tudo o que foi feito,
Todos os sonhos, todas as ilusões.
Hoje apeteceu-me fazer nascer um novo eu,
Renascer por entre fragmentos daquilo que um dia fui.
Hoje apeteceu-me deixar-te,
Trocar-te por algo mais leve, mais fresco, mais sensível.

[E olhando para outra direcção, partir para um novo sentido]

Hoje apeteceu-me sentir pela primeira vez,
Um olhar por entre um rosto envergonhado.
Hoje apeteceu-me lutar pelo desejo,
Seguir o coração pelos caminhos que não conhece.
Hoje apeteceu-me tocar-te
Sentir a tua pele, o teu calor.
Hoje apeteceu-me, mas não fui capaz
E então saciei-me apenas com um leve toque confundido por entre a multidão
Na esperança de que amanha me volte a apetecer
E seja capaz,
De sentir novamente.

Photo by: a.m

terça-feira, 2 de junho de 2009


Anoitece a alma exposta
Fria sem o calor que emana do teu corpo.
E espero por ti
Na sombra das horas
No mundo inconstante dos meus pensamentos.
Espero por ti e a chama desvanece
Por entre os ponteiros do relógio que anunciam a tua chegada,
A cada minuto, a cada hora…
Adormeço por um segundo no sonho que foi o nosso,
Longe do tempo, da vida efémera.
E outro segundo que passa, em rodopios constante e lentos
Como a dor que me atormenta.
E tu não chegas, não voltas na volta das horas,
Nos raios de sol da manha que aquecem o corpo
E cessam a alma gélida para mais uma noite de solidão.

Photo by: a.m

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Magoa-me magoar-te desta forma,
Sem o saberes, sem o sentires.
Apenas vês o que o passado deixou, por linhas e entrelinhas, rectas sem sentido.
Passado presente em ti, mágoa em mim…
Os mesmos actos já não têm o mesmo sabor,
E o encanto desvaneceu-se em outro encanto que surgiu.
Pinto a escuridão que reside, com cores mil em outro leito,
Imaginário que consigo saborear e sentir,
Em cada toque teu, em cada pensamento meu que o transforma
Num simples gesto de outras mãos.
O que eras não és, e o teu corpo tomou outra forma, outro nome…


Photo by: a.m

terça-feira, 31 de março de 2009


Se o silêncio matasse,
Seria eu uma assassina?
Dos meus próprios pensamentos,
Dos murmúrios dos teus lábios?
E não os mataria da mesma forma,
Se quebra-se o silêncio,
Proferindo palavras banais
Para o vazio que nos separa?

Photo by: a.m

terça-feira, 3 de março de 2009

Caem com a chuva da manhã
Todos os meus sonhos elevados.
Batem na janela chamando por mim
Tentando me acordar para a realidade que hoje desperta.
E eu permaneço imune e silenciosa,
Olhando através do vidro da alma,
Cada gota como um grito de desespero,
Dissolvendo a ilusão que me aconchega.
Cresce em mim o desejo do sol sombrio
Que me ilumina o pensamento, que me impede de pensar!
Não! Não quero pensar!
Quero afastar de mim a dor que me pesa,
Pelo conhecimento que o pensamento me dá.
Volta ilusão!
Pára essa chuva que me dissolve por entre pensamentos inúteis
Que me levam à loucura!
E é nessa loucura, que saio à rua,
Caem-me as gotas como punhais, ferindo-me os olhos.
Deixo de ver!
A realidade que me rodeia e sinto,
Um raio de sol entrando em mim…
A chuva parou!
Agora corre o rio,
Como vida que passa, o que foi jamais voltará,
E sou novamente, feliz.




Photo by: a.m

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Dá-me um abraço...


Antes que a noite se vá...

...Antes que o mundo amanheça...

...Antes que o sol se ponha...



Photo by: a.m

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Agarras-me as entranhas...
Entras em mim pela suavidade do teu toque,
Aqueces a pele gélida com os teus lábios de fogo.
Percorrendo o meu corpo com mãos de seda,
Sussurras-me ao ouvido, palavras sem sentido,
Levando-me numa viagem única.
Sinto!
Cada movimento teu, a tua respiração…
E sei!
Que vens comigo nessa viagem,
Por entre sons sem sentido.
E é nesse sem sentido que tudo toma significado
E voltamos, saboreando o que ficou,
Num abraço apertado.





Photo by a.m

sábado, 17 de janeiro de 2009

És...


És a bela flor,
Que brota na manhã,
E o orvalho aconchega-se no cetim das tuas pétalas.
És criança crescida,
Que se julga mulher no mundo de homens que te rodeia.
És momento isolado,
Num intervalo de tempo.
És ser sem ser,
Num mundo real.
És artista plástica de humanos,
Abolindo cada obra.
És flor venenosa
Contagiando quem te rodeia.
És apenas um ser
Como tantos outros que deambulam pelas ruas.
Apenas não acreditas…


Foto by a.m