quarta-feira, 19 de novembro de 2008


Levas-me os olhos ao horizonte,
Procurando o que há muito partiu,
Trazes-me o consolo
No teu vai e vem de esperança.
Sinto o teu sabor em meus lábios
Amargo de lágrimas em ti derramadas,
Mágoas depositadas em tempestades de tormenta.
Tanto sofrimento causas-te na extensão do teu ser,
Tantas vidas tiraste e outras tantas desfizeste,
E tantos te amam e navegam em ti
Procurando o que outrora outros procuraram,
Eu procuro em ti e não encontro o que de mim levas-te
E junto as minhas lágrimas, a tantas outras que possuis…
Chamam-te mar!
Chamo-te mágoa…


Photo by:a.m

6 comentários:

DarkViolet disse...

A mágoa é intensa quando acompanhada por vastas águas. Remoinhos de depósitos onde nada ou ninguém sabe a sua localização. Restam os remos pousados num barco de pétalas a guardar as lágrimas para a saudade que há-de de vir

Nilson Barcelli disse...

"Eu procuro em ti
e não encontro o que de mim levaste
E junto as minhas lágrimas
a tantas outras que possuis…
Chamam-te mar!
Chamo-te mágoa…"
Gostei muito do teu poema e a parte que destaquei é lindíssima.
Beijinhos.

Leto of the Crows - Carina Portugal disse...

O mar possui em si uma latência turbulenta que embala a alma, uma calma de revolta tão paradoxa.

Gostei do poema ^^

Alessandra Castro disse...

Adoro o mar, a noite principalmente.

Anónimo disse...

'amas-t' é diferente de 'amaste'..convem verificar o q qerias dizer..rectificar, se for o caso..
muito bonito, singelo

Absiin disse...

o que partiu já não volta... mas o que está dentro de ti pode crescer e tornar-se realidade... dá vida ao teu desejo e vive sem te preocupares com o que foi... o importante é o que está para vir...